A sessão ordinária desta terça-feira (27) na Câmara Municipal de Marabá foi bastante movimentada. Um dos momentos de maior destaque ocorreu durante a fala da vereadora Vanda Américo (União Brasil), que criticou a atuação da colega Priscila Veloso (PSD), da base do governo municipal.

Durante o uso da tribuna, Vanda afirmou que Priscila não tem comparecido com frequência às sessões legislativas da Casa. A declaração gerou reação imediata da vereadora governista, que respondeu à crítica ressaltando que exerce seu mandato de forma ativa, ainda que com um estilo de atuação diferente do de outros parlamentares.
Priscila Veloso afirmou que seu mandato está “à disposição da sociedade” e destacou que já foi eleita para dois mandatos, o que, segundo ela, demonstra a confiança do eleitorado em seu trabalho. A vereadora também reforçou que cada parlamentar possui formas distintas de representar a população, e que o trabalho legislativo não se limita ao plenário.
A discussão ocorreu de forma respeitosa e sem interrupções, com ambas as vereadoras mantendo o tom institucional. Vanda Américo é a vereadora com mais mandatos na atual legislatura, acumulando nove passagens pela Câmara Municipal de Marabá.
Bebês reborn
Além dos debates entre parlamentares, um dos assuntos que chamou atenção na sessão foi a apresentação do Projeto de Lei nº 079/2025, de autoria do vereador Miterran Feitosa (Republicanos). A proposta busca restringir o uso de bonecos humanizados, conhecidos como “bebês reborn”, para obtenção de benefícios em atendimentos públicos.
O texto do projeto estabelece que bonecos reborn não poderão ser utilizados para garantir atendimento prioritário em unidades de saúde, órgãos públicos, estabelecimentos comerciais ou qualquer outro espaço onde haja filas preferenciais. A medida abrange, principalmente, serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar da restrição, o projeto não proíbe o uso dos bonecos para fins terapêuticos ou afetivos, desde que isso não interfira no direito de prioridade assegurado a pessoas com amparo legal, como gestantes, lactantes, idosos, pessoas com deficiência e crianças reais de colo.
O projeto também prevê que, caso profissionais de saúde identifiquem situações em que indivíduos busquem atendimento médico para os bonecos e apresentem indícios de sofrimento psíquico, esses casos possam ser encaminhados de forma sigilosa à rede municipal de saúde mental, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
A proposta, semelhante a outras que têm surgido em diferentes estados, dividiu opiniões entre os vereadores e gerou comentários nas galerias. O texto segue agora para análise nas comissões temáticas da Casa. Reportagem Portal Curupira Marabá