Nos bastidores da Prefeitura de Marabá, cresce a movimentação do chefe de Gabinete do prefeito, Marcone Leite, que estaria articulando para reassumir a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A estratégia passa por um “fogo amigo” contra o atual titular da pasta, Werbert Carvalho, que ocupa o cargo desde janeiro.

Fontes ligadas ao Executivo relatam que Marcone tem pressionado aliados e buscado apoio político para convencer o prefeito a promover a troca. O objetivo é retomar o controle da Saúde, setor considerado um dos mais estratégicos e de maior orçamento da gestão municipal.

Marcone Leite já esteve à frente da SMS durante o governo de Tião Miranda, mas sua passagem foi marcada por crises e desgaste político. A permanência no cargo foi curta, diante da incapacidade de apresentar soluções para os problemas estruturais da saúde pública. Ele é considerado um dos piores secretários de Saúde da história de Marabá. Além disso, à época, surgiram questionamentos sobre irregularidades em contratos e procedimentos da secretaria, o que fragilizou ainda mais sua gestão.

Agora, de volta ao núcleo central da Prefeitura como chefe de Gabinete, Marcone estaria insatisfeito com o alcance limitado do cargo e avalia que apenas no comando da Saúde teria a influência que deseja. Para isso, tem articulado diretamente pela saída de Werbert Carvalho, que desde o início do ano tenta implementar mudanças administrativas na pasta.

Parlamentares e servidores ouvidos pela reportagem afirmam que a movimentação de Marcone representa mais um episódio de disputa interna no governo municipal, que pode gerar instabilidade política e comprometer a condução da Saúde, setor historicamente marcado por deficiências.

Nos corredores da Prefeitura, a avaliação é de que a articulação de Marcone busca restaurar um espaço de poder que ele já exerceu no passado, mas cuja gestão deixou marcas negativas na memória recente da população.