No momento em que a Câmara Municipal de Marabá se prepara para votar a admissibilidade do pedido de cassação do prefeito Toni Cunha, o chefe de gabinete do prefeito, Marcone Leite, está reunido com vereadores em uma tentativa clara de impedir o avanço da denúncia contra o gestor.

O pedido de cassação precisa de 11 votos, maioria simples, para que o processo seja instaurado oficialmente. A expectativa é que a votação ocorra ainda nesta manhã, possibilitando a formação da Comissão Processante, que poderá convocar o prefeito para esclarecimentos, colocando seu mandato em risco.
A denúncia foi protocolada pela atual presidente do Conselho Municipal de Saúde, Ana Lúcia Farias Gomes, e acusa o prefeito Toni Cunha de irregularidades graves, como contratação sem justificativa emergencial do Hospital Santa Terezinha, execução de serviços públicos fora do contrato e possíveis fraudes em licitações para iluminação pública.
Além disso, a denúncia aponta inadimplência da prefeitura com o hospital, compra direta de materiais sem decreto de emergência, além de condutas consideradas incompatíveis com a dignidade do cargo, como ataques públicos a vereadores e a veículos de comunicação.
Com o processo oficialmente aberto, a comissão responsável terá poderes para requisitar documentos e ouvir testemunhas, aprofundando as investigações sobre as práticas do chefe do Executivo municipal, que poderá responder por improbidade administrativa e, se condenando, perder o mandato.
Até o momento, o prefeito Toni Cunha não se manifestou sobre a denúncia.