Dênis Assunção, homem de confiança do deputado estadual Braz (PDT), é hoje o chefe da segurança pública de Parauapebas. Por indicação política, ele comanda não apenas a Polícia Civil, mas também a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros da cidade. Em outras palavras: todo o aparato de segurança da Capital do Minério está nas mãos de um operador político com um passado recente marcado por graves acusações.

Durante a eleição municipal de 2024, um áudio de Dênis veio à tona. Nele, o então secretário de Governo afirmava com todas as letras que colocaria “50 mil bocas de urna” para garantir a vitória de seu candidato, Rafael Ribeiro. O escândalo escancarou uma estratégia de corrupção eleitoral que, mesmo denunciada publicamente, não resultou em responsabilizações à altura da gravidade do fato.
Apesar da repercussão, o episódio não apenas foi ignorado como premiado. Dênis foi alçado a um dos cargos mais estratégicos do município: é ele quem decide o rumo das investigações, quem orienta operações policiais e, segundo relatos internos, interfere diretamente em decisões sobre prisões e inquéritos.
A situação é, no mínimo, alarmante. Um agente político com histórico de atuação em esquemas obscuros agora detém controle total sobre as forças de segurança que deveriam proteger a população e garantir a legalidade. Em vez disso, Parauapebas assiste ao uso da estrutura pública de segurança como extensão de um projeto político.
A nomeação de Dênis, chancelada por Braz e sustentada no poder da vereadora Maquivalda, transforma a segurança em ferramenta de conveniência. A pergunta que fica: quem fiscaliza quem manda na polícia, quando quem manda na polícia é o mesmo que já confessou operar contra a democracia?
As informações são do site Carajás Notícias.