VÍDEO: Discussão entre ex-candidato a vereador e promoter de eventos causa constrangimento durante audiência pública em Marabá

7 out

Uma discussão entre o ex-candidato a vereador pelo PDT João Víctor Cavalcante (21 votos) e a promoter de eventos e assessora técnica da Secretaria Municipal de Cultura, Raytha Solares, causou constrangimento na manhã desta terça-feira (7), durante a audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) no plenário da Câmara Municipal de Marabá.

O episódio ocorreu enquanto oradores faziam uso da palavra. João Vitor e Raytha começaram a discutir em voz alta, chamando atenção das pessoas próximas e gerando incômodo entre os presentes. O tom exaltado da conversa destoou do ambiente da audiência, que seguia com pautas de interesse público.

Vídeos que circulam em aplicativos de mensagens mostram o momento em que João Vitor, em meio à discussão, afirma: “Eu sou coordenador [da Parada LGBT], e você é quem? Ninguém”, dirigindo-se a Raytha. A fala foi recebida com reprovação por quem acompanhava o evento.

Raytha afirmou que o conflito teve origem em situações pessoais anteriores e relatou ter sido alvo de ofensas e exclusão das atividades ligadas à Parada LGBT+. Segundo ela, o atual coordenador também teria adotado posturas de perseguição nas redes sociais, motivo que a levou a se manifestar publicamente.

Além da repercussão do episódio, a atuação de João Vitor vem sendo questionada por parte do próprio movimento. Apesar de ocupar a coordenação da Parada, o jovem não possui representatividade política significativa em Marabá — nas eleições municipais de 2020, obteve apenas 21 votos como candidato a vereador pelo PDT – e é bastante rechaçado pelos gays, lésbicas, bissexuais e transexuais da cidade.

Nos últimos dias, ele também anunciou publicamente o rompimento de um suposto apoio político ao prefeito Toni Cunha e à vereadora Priscila Veloso, fato que gerou comentários sobre sua instabilidade de posicionamento. Lideranças locais avaliam que o episódio durante a audiência reforça a necessidade de maior responsabilidade e equilíbrio por parte de quem ocupa cargos de visibilidade em movimentos sociais.