A Justiça decidiu, nesta segunda-feira (1º), converter em preventiva a prisão em flagrante de Carlito Pereira dos Santos, que havia sido detido na noite de sexta-feira (28) na Folha 33, em Nova Marabá. Ele é suspeito de atropelar e matar o menino Luís Miguel Milhomem, de 7 anos, enquanto conduzia um caminhão baú da transportadora onde trabalhava. No momento da detenção, apresentava sinais evidentes de embriaguez.

A investigação apontou que Carlito teria ingerido bebida alcoólica instantes antes do atropelamento. Exames técnicos registraram 0,3 mg de álcool por litro de ar alveolar, enquanto laudo pericial indicou 1,2 mg — índice quatro vezes superior ao limite que configura crime de trânsito. Testemunhas relataram que ele consumiu doses de cachaça e cerveja em um bar após o expediente e ainda bebeu novamente na casa de um colega antes de reassumir a direção do caminhão.

Na decisão que converteu a prisão, o juiz ressaltou a gravidade concreta do caso, mencionando a combinação de embriaguez grave, morte de uma criança, condução de veículo de grande porte e desrespeito às normas de segurança viária. Para o magistrado, medidas cautelares mais brandas seriam incompatíveis diante das circunstâncias, podendo gerar sensação de impunidade.

Com a ordem judicial, foi expedido mandado de prisão preventiva, e Carlito permanece recolhido em unidade prisional à disposição da Justiça. O caso provocou forte comoção na comunidade, especialmente após a divulgação de imagens de câmera de segurança que mostram o caminhão atingindo Luís Miguel e quase atropelando outras três crianças que caminhavam juntas na via.