Falta menos de um metro para conclusão do aterro da Ponte do Rio Araguaia entre Pará e Tocantins

7 out

Nesta segunda-feira (06/10), o nível do aterro da cabeceira da Ponte do Rio Araguaia faltava menos de um metro para sua conclusão. O avanço anima motoristas, motociclistas e pedestres que diariamente enfrentam a travessia de balsa entre Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), aguardando há anos pela liberação da nova estrutura.

A ponte, que integra a BR-153, é uma das obras de infraestrutura mais aguardadas da região Norte. Quando concluída, deve facilitar o tráfego entre os estados do Pará e Tocantins, reduzindo custos logísticos e encurtando o tempo de viagem de quem cruza o Araguaia — trecho estratégico de ligação entre o centro e o norte do país.

Iniciada ainda em 2017, durante o governo Michel Temer (MDB), a obra ultrapassa oito anos de execução e já consumiu mais de R$ 200 milhões em investimentos federais. O projeto alcançou 95% de conclusão física, mas enfrentou uma série de entraves fundiários e operacionais que atrasaram sua entrega.

Um dos principais impasses apontados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está nas desapropriações do lado paraense, em São Geraldo do Araguaia. Audiências de conciliação com os moradores afetados foram realizadas para resolver as pendências e liberar completamente o trecho. No lado tocantinense, o processo já foi concluído no primeiro semestre de 2025.

Com 1.724 metros de extensão e investimento total estimado em R$ 232,8 milhões, o projeto inclui também os acessos — 310 metros no Pará e 1.700 metros no Tocantins — além de calçadas e vias marginais. O aterro, que agora está próximo da altura final, é uma das últimas etapas antes da pavimentação definitiva da estrutura.

Enquanto a ponte não é entregue, a travessia sobre o rio continua sendo feita por balsas da empresa Pipes. Entretanto, o serviço tem enfrentado dificuldades. Em julho, uma balsa chegou a colidir com um dos pilares da ponte, o que provocou a suspensão temporária das operações por determinação da Marinha do Brasil. O incidente expôs a fragilidade da travessia e reforçou a urgência da conclusão da obra.

Com o avanço do aterro e a conclusão das desapropriações, a expectativa é de que o DNIT possa acelerar os trabalhos finais nos próximos meses. A autarquia afirma estar empenhada em entregar a ponte até o segundo semestre de 2025.