Aeroporto de Marabá passa por maior reforma da história com aporte do BNDES

2 dez

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 4,64 bilhões para a Aena Brasil, responsável por 11 aeroportos no país, entre eles o Aeroporto João Corrêa da Rocha, em Marabá. O aporte integra um pacote total de R$ 5,7 bilhões voltado à ampliação, manutenção e modernização dos terminais. A maior parcela seguirá para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que receberá R$ 2 bilhões para construir um novo terminal de passageiros.

Em Marabá, as obras começaram em junho de 2025 e incluem a revitalização da pista, implantação de áreas de escape e ajustes estruturais. Para viabilizar os trabalhos, a pista principal tem sido interditada diariamente, reduzindo janelas de pouso e decolagem. Aeronaves de menor porte passaram a utilizar uma pista de terra na Fazenda Colombo durante os períodos de fechamento, o que tem gerado atrasos e alterações frequentes na malha aérea.

Os reflexos já aparecem nos indicadores de fluxo. Entre janeiro e julho de 2025, o movimento de passageiros caiu 2,4% em comparação ao ano anterior. Embora alguns meses tenham registrado leve recuperação, o terminal ainda opera abaixo do potencial devido ao desvio temporário de voos e às limitações operacionais. A carga aérea também apresentou oscilação, fechando julho com 100 toneladas transportadas — acima do início do ano, mas distante dos números históricos.

As intervenções integram o projeto conduzido pelo Consórcio Nova Engevix & PowerChina. Em Marabá, o terminal será ampliado de 1.800 m² para mais de 5 mil m², com novos portões de embarque, reforço da infraestrutura pública, expansão de balcões de check-in e pátio com capacidade para quatro aeronaves. No conjunto dos quatro aeroportos paraenses administrados pela Aena — Marabá, Carajás, Santarém e Altamira — a expectativa é de geração de mais de 2 mil empregos e fortalecimento da infraestrutura de transporte aéreo na região.