Uma sucuri de aproximadamente cinco metros foi reintegrada à natureza na Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas (PA), no último dia 13 de junho. A soltura do animal foi realizada por meio de uma ação conjunta entre a Fundação Zoobotânica de Marabá (FZM), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Antes da devolução ao ambiente natural, o animal passou por um processo de reabilitação sob os cuidados da FZM, que avaliou suas condições de saúde e comportamento. A Floresta Nacional de Carajás foi escolhida por ser uma unidade de conservação federal que abriga ampla diversidade de espécies e fornece condições adequadas para a reintegração da fauna silvestre.
A Fundação Zoobotânica de Marabá atua na recuperação de animais silvestres desde 1998, mantendo o Parque Zoobotânico de Marabá, localizado na BR-155, que abriga atualmente mais de 300 animais. A instituição é financiada por recursos públicos e privados, e, desde dezembro de 2023, está licenciada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para operar como zoológico até 2028.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cerca de 60 mil animais silvestres passaram por triagem e cuidados em 2023 nos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), sendo aproximadamente dois terços deles reabilitados e devolvidos à natureza. A maior parte dos resgates ocorre por meio de apreensões no tráfico, entregas voluntárias ou salvamentos em situações de risco.
A Floresta Nacional de Carajás, criada em 1998, possui mais de 390 mil hectares de área protegida, e é administrada pelo ICMBio em parceria com a mineradora Vale. A região é considerada estratégica para a conservação da biodiversidade amazônica. A operação de soltura reforça a importância da cooperação entre órgãos ambientais e instituições locais no esforço contínuo de preservação da fauna silvestre.