Nesta segunda-feira (19), a empresa VTM Integração, responsável pelo transporte coletivo urbano em Marabá, no sudeste do Pará, paralisou suas atividades por falta de viabilidade financeira para manter a operação regular. A situação foi agravada pela suspensão do repasse do subsídio municipal, que chegava a R$ 200 mil mensais, destinado a compensar meias-passagens e gratuidades. A crise que resultou na paralisação foi provocada propositalmente pela gestão do prefeito Toni Cunha, que já tinha conhecimento da situação e nada fez para se antecipar ao problema.

Durante a campanha eleitoral de 2024, Toni Cunha prometeu a criação de uma autarquia de transporte com a introdução de 50 ônibus novos, equipados com ar-condicionado, Wi-Fi, monitoramento por GPS e aplicativo para os usuários. Reiterou o compromisso de substituir a frota atual, tida como sucateada, por veículos modernos. Até o momento, no entanto, nenhuma medida concreta foi apresentada para cumprir essas promessas. Em resposta a seguidores nas redes sociais, o prefeito respondeu que os ônibus ainda estavam “na fábrica” e que sequer havia sido adquirido um pneu para a nova frota.
Com a paralisação efetivada, Toni Cunha anunciou a intervenção da Prefeitura na VTM Integração, prometendo colocar até 30 ônibus em circulação até o fim do ano. Diante da repetida incapacidade administrativa da atual gestão, que já demonstrou fragilidade em outras áreas, o cenário indica a continuidade do caos no transporte público da cidade. Milhares de trabalhadores e estudantes enfrentam dificuldades para se deslocar, comprometendo o direito constitucional de ir e vir, que em Marabá tem sido sistematicamente ignorado. A falta de planejamento e ações efetivas transforma o transporte coletivo em um problema crônico, resultado de promessas não cumpridas e gestão desarticulada. Reportagem Portal Curupira