Os professores da rede municipal de ensino de Marabá decidiram manter a greve iniciada no último dia 29 de abril, apesar da decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) que determinou a suspensão imediata do movimento. A continuidade da paralisação foi confirmada pela coordenação local do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), que informou que qualquer decisão sobre o retorno às atividades deve ser tomada em assembleia.

De acordo com Tatiana Alves, coordenadora do Sintepp em Marabá, o sindicato não foi oficialmente notificado da liminar no momento da deliberação e, portanto, mantém o cronograma de mobilizações. Uma nova rodada de negociação entre a Prefeitura e representantes da categoria está prevista para a próxima segunda-feira (5), na sede da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop).

Ao término da reunião, a categoria realizará uma nova assembleia para avaliar a proposta da gestão municipal. A continuidade ou suspensão da greve dependerá do conteúdo apresentado pelo poder público. No dia 29, os trabalhadores já haviam optado pela paralisação após análise da proposta que, segundo o sindicato, não atendia às demandas apresentadas.

Até o momento, não houve anúncio formal de reajuste no salário-base do magistério. A Prefeitura informou que deverá apresentar uma proposta consolidada na próxima segunda-feira, o que ainda não ocorreu oficialmente. A categoria também reivindica o pagamento integral do Piso Nacional do Magistério, além da valorização de benefícios como o auxílio-alimentação.

A decisão liminar foi expedida pelo desembargador plantonista Leonardo de Noronha Tavares, do TJPA, que considerou que o movimento ocorreu durante etapa ainda ativa de negociação e que a paralisação pode comprometer o calendário letivo. A Justiça determinou a suspensão da greve com multa diária de R$ 3 mil, limitada a R$ 50 mil, em caso de descumprimento.

Apesar da determinação judicial, o Sintepp afirma que o movimento segue amparado pelas decisões coletivas da base e que permanece aberto ao diálogo. A categoria considera que o exercício do direito de greve é instrumento legítimo enquanto as reivindicações seguem sem resposta efetiva. Portal Curupira)