Justiça condena dois vigilantes pela morte de passarinheiro em Marabá

17 maio

A Justiça do Pará condenou os vigilantes Jonathas de Oliveira Soares e Diogo da Silva Melo pela morte de Reginaldo Pereira de Oliveira, ocorrida em 14 de maio de 2022, nas proximidades da Ferrovia Carajás, no bairro São Félix, em Marabá. As penas aplicadas foram de 6 anos e 10 meses de prisão para Jonathas, e 6 anos e 18 dias para Diogo. Ambos poderão recorrer em liberdade.

Os vigilantes atuavam pela empresa Segurpro, responsável por serviços de segurança contratados pela mineradora Vale. Na ocasião do disparo, os dois realizavam rondas nas margens da ferrovia. A versão apresentada à Justiça foi de que Reginaldo estaria tentando furtar materiais da linha férrea. No entanto, não houve comprovação dessa alegação. A vítima foi atingida por um disparo na perna, que perfurou a artéria femoral e resultou em sua morte.

O processo não foi submetido a júri popular, uma vez que o crime foi enquadrado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar. De acordo com a investigação, Reginaldo estava desarmado e se encontrava na área praticando atividade de captura de aves silvestres.

Tanto o Ministério Público quanto a defesa dos réus já manifestaram intenção de recorrer da sentença. O MP considerou a pena insuficiente, enquanto a defesa argumenta que a condenação foi excessiva. A decisão ainda não transitou em julgado.

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