Uma criança foi retirada da casa do pai na zona rural de Parauapebas, no sudeste do Pará, após enviar à mãe, por meio das redes sociais, vídeos que mostravam agressões sofridas dentro da residência. O genitor possuía a guarda da criança, impedia qualquer contato entre mãe e filha e costumava tomar o celular da menina. As agressões eram recorrentes e já haviam deixado marcas visíveis no corpo da criança. As informações são do jornalista Vinícius Soares.

Ao receber os vídeos, a mãe, que mora em Marabá, procurou o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Faculdade Carajás. O caso foi atendido por dois estudantes do curso de Direito, João Lucas e Daniel Aguiar, sob orientação e acompanhamento da coordenadora do núcleo, a professora e advogada Karina Furman. A equipe formalizou a denúncia na Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) e encaminhou os vídeos, fotos e áudios ao Conselho Tutelar de Parauapebas.
No dia seguinte, um conselheiro tutelar foi até o endereço indicado e retirou a criança da casa. A menina foi entregue à mãe, e o NPJ ingressou com ação judicial para garantir a guarda unilateral da mãe e a aplicação de medidas de proteção previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, além de ação criminal em face do genitor da criança.
O NPJ da Faculdade Carajás mantém atuação em casos relacionados à guarda, alimentos e responsabilidade familiar. Com mais de dois mil processos ativos em 2025, o núcleo atua com acompanhamento direto de professores e advogados, envolvendo os futuros profissionais do Direito em todas as etapas dos procedimentos jurídicos. O caso segue sob acompanhamento institucional.