O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), subsede Marabá, realizou nesta quinta-feira (20) uma assembleia geral no plenário da Câmara Municipal e aprovou a campanha salarial 2025, além de um plano de mobilização para cobrar o pagamento do piso da categoria. Os educadores deram prazo até 20 de março para que o prefeito Toni Cunha (PL) cumpra sua promessa de campanha e garanta o direito dos trabalhadores. Caso contrário, a rede pública municipal pode entrar em greve.


A reivindicação não é nova, e o prefeito sequer pode alegar falta de recursos. Apenas em janeiro deste ano, a arrecadação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) cresceu 30,2% em relação ao mesmo período de 2024, atingindo um patamar histórico de R$ 54,85 milhões. O valor seria suficiente para quitar duas folhas de pagamento do magistério municipal.

Ainda durante a campanha eleitoral, Toni Cunha afirmou em um podcast do Sintepp que “piso não se discute, se paga”. Agora, já no comando da prefeitura, o discurso parece ter mudado. Enquanto os servidores da educação aguardam o cumprimento da lei, a gestão segue sem dar uma resposta concreta à categoria.
Além do pagamento do piso, os trabalhadores também exigem o reajuste do vale-alimentação, que, segundo cálculos baseados no Dieese, deveria ser de pelo menos R$ 957.

Se até 20 de março não houver avanços nas negociações, o Sintepp já indicou que pode deflagrar greve geral, o que aumentaria ainda mais a pressão sobre a gestão municipal. A expectativa da categoria é de que o prefeito cumpra sua palavra e priorize os trabalhadores que garantem o funcionamento da educação pública na cidade.