Fernando Henrique, vereador de primeiro mandato e candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), está no centro de uma polêmica após receber R$ 223.825,03 oriundos do fundo partidário. Embora seja defensor do estado mínimo e da “nova política”, o parlamentar foi o único da legenda em Marabá a ser beneficiado com uma quantia expressiva, o que gerou descontentamento entre outros candidatos do partido que não receberam a mesma atenção financeira.

De acordo com levantamento realizado pelo Portal Curupira Marabá, Fernando Henrique destacou-se de maneira negativa durante a atual legislatura por ser o vereador que mais faltou sessões na Câmara Municipal. Suas ausências frequentes chamaram a atenção, culminando em uma advertência pública feita pelo vereador mais antigo da casa, Miguel Gomes Filho (PDT). Na tribuna, Miguelito criticou as constantes viagens de Fernando Henrique a Brasília, financiadas com recursos públicos, para encontros com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Há quem acredite que essas visitas agora se converteram no generoso aporte do fundo partidário recebido por Fernando Henrique para sua campanha de reeleição.

A situação levantou questionamentos sobre a coerência entre o discurso e a prática do parlamentar, já que ele se posiciona como defensor da redução da intervenção estatal, mas tem sido alvo de críticas por se beneficiar de recursos públicos em sua campanha. A insatisfação dentro do partido também aumenta, visto que outros candidatos do PL em Marabá não receberam quantias significativas do fundo partidário, reforçando a impressão de favorecimento.

Com as eleições se aproximando, o episódio coloca Fernando Henrique em uma posição delicada diante do eleitorado e de seus colegas de partido, que cobram uma distribuição mais justa dos recursos e uma maior responsabilidade no exercício do mandato.