Toni Cunha chama de “mimimi” agressão de seu vice contra mulher em Marabá

26 set

O candidato a prefeito de Marabá, Toni Cunha (PL), protagonizou uma atitude lamentável de machismo e desrespeito durante uma live promovida pelo grupo Mulheres Margaridas. O evento, que tinha como foco discutir o combate à violência contra a mulher, foi manchado por comentários ofensivos por parte do candidato e seus seguidores, gerando indignação entre as convidadas, Luana Bastos, presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Marabá, e Irismar Melo, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Marabá.

Durante a transmissão, Toni Cunha utilizou seu perfil oficial no Instagram para expressar seu desdém pela pauta, publicando um emoji de nojo em resposta às falas das mulheres que compartilhavam suas experiências e propostas para enfrentar a violência de gênero. Além disso, o candidato foi ainda mais longe ao escrever: “mimimi, bora votar 22”, uma tentativa explícita de desmerecer a importância das discussões sobre a violência sofrida por mulheres, tratando um tema de extrema seriedade com sarcasmo e menosprezo.

Esse comportamento demonstra não apenas o machismo de Toni Cunha, mas também seu descaso com questões essenciais para o avanço de uma sociedade mais justa e igualitária. O tom desrespeitoso e provocador utilizado pelo candidato evidencia seu desprezo pelas mulheres e sua falta de comprometimento com políticas públicas voltadas para elas, caso seja eleito.

A situação se agravou ainda mais pela ação coordenada de seus apoiadores, que inundaram a live com uma série de comentários igualmente ofensivos e machistas. Expressões como “feminazi”, “vitimismo” e “vão arrumar serviço” dominaram a seção de comentários, transformando o que deveria ser um espaço de debate e conscientização em um ambiente de hostilidade e abuso.

Atitudes como essas, vindas tanto de um candidato a um cargo público quanto de seus seguidores, são inaceitáveis em qualquer circunstância. No entanto, tornam-se ainda mais graves quando ocorrem em um debate sobre o combate à violência contra a mulher. Essa postura revela que Toni Cunha e seu grupo político não estão comprometidos com a promoção de políticas de igualdade de gênero e respeito às mulheres, mas sim com a perpetuação de uma cultura de opressão e desprezo às pautas femininas.

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