Um vídeo que circula nas redes sociais esta semana está gerando polêmica e colocando a campanha do deputado estadual Delegado Toni Cunha em xeque. Durante uma sessão na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Cunha fez duras críticas à comunidade evangélica, chamando pastores de “pastores do cão” e “do capeta”. A declaração, feita na tribuna, foi imediatamente repreendida pelo presidente da casa, deputado estadual Chicão.

O episódio foi um balde de água fria para a campanha de Toni Cunha à prefeitura de Marabá. Tentando se firmar como candidato conservador, defensor de valores como “Deus, Pátria e Família”, o deputado agora se vê em uma situação delicada, com sua retórica agressiva se voltando contra ele. A repercussão negativa do vídeo coloca em risco as alianças que Cunha buscava firmar com líderes evangélicos da cidade, que já estavam relutantes em apoiá-lo devido ao seu estilo confrontador.

De acordo com informações apuradas pelo Portal, lideranças evangélicas de Marabá, especialmente o pastor Sales Batista, presidente da maior igreja do município, a Assembleia de Deus Missão, estariam inclinadas a apoiar outro candidato na corrida eleitoral. O deputado Chamonzinho, do MDB, tem ganhado espaço nas conversas com esses líderes, graças ao seu perfil mais conciliador e discreto, características que contrastam fortemente com o comportamento de Toni Cunha.

Com a possível perda do apoio evangélico, um dos grupos mais influentes da política local, Toni Cunha pode enfrentar uma série de desafios adicionais em sua campanha. O incidente não só manchou sua imagem pública, mas também enfraqueceu sua posição em um momento crucial da disputa pela prefeitura de Marabá.