Após a repercussão negativa nas redes sociais sobre declarações do deputado e candidato a prefeito Toni Cunha (PL) envolvendo líderes religiosos evangélicos, a coordenação de sua campanha organizou um ato político-religioso. Durante o evento, o Bispo da Igreja Católica local esteve presente e “abençoou” a candidatura de Cunha. Contudo, a participação do Bispo gerou insatisfação entre muitos católicos do município, que recorreram às redes sociais para lamentar e repudiar o envolvimento de um líder religioso em uma campanha política.

“O Bispo Diocesano de Marabá abençoando o candidato de um partido que representa a antessala do fascismo no Brasil. Nele estão os políticos que mais votaram contra leis ambientais, que negaram a vacina, que são a favor de armas e que incitam o ódio”, criticou um internauta ao comentar a foto do Bispo com Toni Cunha.

“Isso me lembra a bênção do Papa Pio XII a Hitler. Quando isso aconteceu, a Igreja Católica convidou o demônio para sentar-se à mesa e condenou milhares de judeus à morte. De fato, o evangelho se confirma: ‘muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.’ Ou, como dizem, ‘são lobos em pele de cordeiro'”, refletiu outro usuário das redes sociais.

O Portal apurou junto à campanha de Toni Cunha (PL) que, embora o Bispo Dom Vital tenha comparecido a um evento ecumênico da campanha, ao lado de diversas outras lideranças religiosas, ele não declarou apoio à candidatura, seguindo as restrições eclesiásticas da Igreja Católica. Até o fechamento desta matéria, nem o Bispo nem a campanha de Toni Cunha haviam se manifestado publicamente sobre as críticas. O espaço permanece aberto para eventuais declarações.