Portal Curupira repudia execução covarde de radialista e exige resposta firme do Estado

28 maio

EDITORIAL

O Portal Curupira Marabá manifesta seu mais veemente repúdio à execução brutal do radialista Luizinho Costa, assassinado na manhã desta terça-feira (27), dentro do estúdio da Rádio Comunitária Guarany FM, em Abaetetuba, nordeste do Pará, enquanto participava de programa ao vivo. Um crime covarde, cometido à luz do dia, diante de ouvintes e colegas de trabalho, que atinge não apenas uma vida, mas também um dos pilares fundamentais da democracia: a liberdade de expressão.

Luizinho Costa, além de radialista, era DJ, promotor de eventos e um comunicador popular com forte inserção na comunidade. Segundo relatos de testemunhas, dois homens encapuzados chegaram ao local em uma motocicleta. Um deles entrou no estúdio, perguntou quem era Luizinho, e, ao obtê-lo identificado, efetuou diversos disparos. O outro aguardava do lado de fora, pronto para garantir a fuga. A frieza da ação e a ausência de qualquer tentativa de diálogo ou subtração de bens reforçam a principal linha investigativa da Polícia Civil: execução encomendada.

A imprensa livre e comunitária, especialmente em cidades do interior, cumpre um papel vital no debate público, na denúncia de injustiças e no fortalecimento da cidadania. Quando um comunicador é silenciado de forma violenta, não apenas uma voz se cala — toda a sociedade é atingida. O assassinato de Luizinho deve ser tratado como prioridade absoluta pelas autoridades, com investigação célere, identificação dos autores e do(s) mandante(s), e punição exemplar dentro dos marcos do Estado Democrático de Direito.

O Portal Curupira Marabá se solidariza com os familiares, amigos, colegas de profissão e ouvintes de Luizinho Costa. Não podemos normalizar a violência contra comunicadores, tampouco tolerar a impunidade diante de crimes que afrontam o direito à informação e à vida. A liberdade de imprensa é inegociável. Que a morte de Luizinho não se transforme em estatística, mas em marco de mobilização por justiça, segurança e respeito àqueles que fazem da palavra um instrumento de serviço público.

Noé Lima - Direto de Brasília

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