Sexto bebê morto no HMI de Marabá só nos 23 primeiros dias do ano

23 jan

A crise na saúde pública de Marabá ganha mais um capítulo trágico. Nesta terça-feira (23), foi registrada a morte de mais um bebê no Hospital Materno Infantil (HMI), elevando para seis o número de óbitos apenas nos primeiros 23 dias de 2025.

De acordo com relatos de familiares, a mãe da criança buscou atendimento no hospital em três ocasiões anteriores, mas foi orientada a retornar para casa sem receber o suporte adequado. Na manhã desta terça, a gestante voltou ao HMI após apresentar sangramentos em casa. No entanto, ao ser examinada, constatou-se a ausência de batimentos cardíacos do bebê, que veio a óbito.

Enquanto as mortes continuam gerando revolta na população, o prefeito Toni Cunha mantém seu foco em redes sociais e discursos que, até o momento, não resultaram em mudanças concretas. Durante a campanha eleitoral, o atual gestor prometeu reformular o sistema de saúde e garantir atendimento humanizado, mas, na prática, a situação no HMI parece agravar-se a cada dia.

Desde o início do mandato, a postura do prefeito tem sido marcada por discursos eloquentes e publicações que enfatizam esforços da gestão. Contudo, as ações práticas para conter a crise e evitar novos óbitos ainda não foram percebidas pela população. O contraste entre as promessas de campanha e a realidade enfrentada por mães e recém-nascidos no HMI aumenta o sentimento de abandono entre os moradores de Marabá.

A sequência de mortes no HMI levou à mobilização de vereadores, que visitaram a unidade na última semana e cobraram medidas urgentes da Prefeitura e da Organização Social (OS) Madre Tereza, responsável pela gestão do hospital. Apesar das promessas de melhorias e do reconhecimento das falhas por parte da administração do HMI, o cenário permanece crítico, evidenciando uma gestão mais focada na retórica do que em resultados efetivos.

Com a morte do sexto bebê em menos de um mês, aumentam as pressões por uma intervenção emergencial na saúde municipal, com demandas por medidas concretas que coloquem fim à sequência de tragédias. Enquanto isso, a população segue questionando até quando a retórica e as redes sociais continuarão ocupando o lugar de ações efetivas.

Clique aqui para voltar