Prefeitura realiza coletiva em defesa da médica que afirma não ter perfurado o intestino de grávida durante o parto no HMI

1 fev

Na manhã desta quinta-feira, 1º de fevereiro, uma coletiva de imprensa foi realizada na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pela prefeitura de Marabá, abordando o caso de Tereza Bianca Nunes, de 23 anos, que faleceu em 27 de janeiro no Hospital Regional de Marabá. Inicialmente planejada para o auditório do HMI, a coletiva teve que ser transferida devido a infiltrações que alagaram o auditório do hospital, molhando as poltronas, conforme registrado nesta manhã.

Cadeiras do auditório que foi alagado, secando na parte externa do hospital, junto com lixo e mato alto.

Valdir Rosado, diretor clínico do HMI e médico obstetra e ginecologista, explicou que Tereza Bianca Nunes deu entrada no HMI em 24 de outubro de 2023, conduzida pelo Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) em trabalho de parto, sendo prontamente encaminhada para a sala de parto.

A paciente chegou ao hospital sem acompanhante, sem histórico de pré-natal e sem exames prévios realizados. Para avaliar sua condição, foi realizado o toque vaginal, resultando na ruptura da bolsa amniótica, com prolapso do braço fetal e deslocamento da placenta. O bebê encontrava-se em posição transversal na barriga, dificultando o parto.

Tereza seguiu o protocolo de 48 horas de internação hospitalar recomendado pelo Ministério da Saúde, recebendo alta em 26 de outubro, sem queixas e alimentando-se normalmente.

Segundo o Dr. Valdir Rosado, a paciente retornou ao HMI quatro dias depois, em 30 de outubro, com infecção na ferida operatória, iniciando o tratamento com antibióticos programados para durar 10 dias. No terceiro dia de tratamento, em 2 de outubro, ela optou por deixar o hospital antes do término do tratamento.

Essa informação foi corroborada pela médica responsável pelo parto, Rita de Cássia Vieira Coutinho Mendes, que negou ter perfurado o intestino da parturiente durante a cesariana, afirmando que a paciente era emocionalmente instável que ela fugiu do hospital.

“Estou solicitando uma investigação. Quero ser investigada, pois espero retomar uma vida normal a partir de hoje. Estou praticamente confinada em casa sem ter cometido nenhum crime”, comentou Rita, assegurando que não houve erro nem anormalidade no atendimento de Tereza Bianca Nunes.

Clique aqui para voltar