O final de mandato da atual gestão municipal de Marabá, especialmente na área da saúde, tem se transformado em um verdadeiro caos. Com o cancelamento de cirurgias eletivas e o colapso da estrutura da década de 70 do Hospital Municipal, a normalização de pacientes tomando soro no chão dos corredores tornou-se uma triste realidade. A falta de leitos e macas aumenta o risco de contaminação e infecções entre os pacientes.

Nas últimas semanas, a Secretaria de Saúde do município suspendeu diversos procedimentos médicos essenciais. Entre os serviços afetados estão atendimentos com neuropediatras e retinólogos, bem como todos os exames realizados na Clínica de Visão e Cirurgias de Olhos. Além disso, serviços de fisioterapia foram interrompidos, impactando diretamente a qualidade de vida de muitos cidadãos que dependem dessas especialidades para tratamento e acompanhamento de suas condições de saúde.

Vídeos que circulam nas redes sociais esta semana mostram pacientes esperando há mais de 15 dias no precário pronto-socorro do hospital. Devido ao número insuficiente de leitos, muitos estão sendo forçados a tomar medicação intravenosa deitados no chão.

A atual secretária municipal de saúde de Marabá, Mônica Borchat, tem sido alvo de críticas pela apatia diante da crise da saúde pública no município. Segundo informações obtidas pelo Portal Curupira Marabá, pedidos de intervenção e afastamento da secretária já foram encaminhados ao Conselho Municipal de Saúde e ao Ministério Público do Estado.

Esta situação evidencia a urgente necessidade de melhorias na gestão e infraestrutura do sistema de saúde de Marabá, para garantir que os cidadãos recebam atendimento digno e de qualidade.