Após divulgação de denúncias de assédio pelo Curupira, Superintendente do Incra pede exoneração em Marabá

Exoneração veio após grande repercussão da matéria, que caiu como uma bomba na pré-campanha à prefeitura do deputado estadual Dirceu Ten Caten (PT), que indicou Reginaldo ao cargo.

22 fev

Não demorou quatro dias após a divulgação, com exclusividade pelo Portal Curupira Marabá, especializado na cobertura de denúncias acerca de órgãos públicos na região sul e sudeste do Pará, das acusações de assédio contra o então superintendente regional da maior unidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Brasil, Reginaldo Rocha Negreiros, para que o mesmo pedisse exoneração do cargo. Isso foi conforme publicado na coluna “Coisas da Política”, do Portal Opinião em Pauta, nesta quinta-feira (22).

O presidente da OAB subseção Marabá, Rodrigo Albuquerque Botelho, chegou a realizar pessoalmente, ao lado de sua vice, a advogada Jéssica Abreu, uma “palestra orientativa” sobre assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, em 31 de janeiro, na sede do órgão em Marabá. Nessa ocasião, o superintendente, acusado de assédio por servidoras de carreira do órgão, não compareceu.

Bernadete saiu do Incra, mas o Incra não saiu da Bernadete

Causou estranheza para quem acompanhou a grande repercussão da matéria, que caiu como uma bomba na pré-campanha à prefeitura do deputado estadual Dirceu Ten Caten (PT), que indicou Reginaldo ao cargo. O fato de a mãe do deputado, que já ocupou a superintendência do Incra e coleciona vários processos após sua passagem, Bernadete Ten Caten, ter divulgado nota em defesa do então superintendente, através de grupos de WhatsApp, falando em nome de um órgão do qual formalmente não faz mais parte, é estranho. Consultado, o Incra Sudeste do Pará não reproduziu a nota divulgada em seus canais oficiais, nem na rede social Instagram, nem no site do órgão.

Em seu pedido de exoneração, Reginaldo relacionou as realizações de sua gestão em apenas 11 meses à frente do cargo. Ele cita o assentamento de 1.746 famílias, a emissão de 674 títulos definitivos de terra, a realização de 5.495 supervisões operacionais e a emissão de 1.985 contratos de concessão de uso, facilitando o acesso à terra.

Até o final da manhã desta quinta-feira (22), o perfil do órgão federal ainda não havia divulgado a nota que a ex-deputada veiculou em grupos de WhatsApp, em nome do Incra.
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