Em um discurso controverso e polêmico na Câmara Municipal de Marabá, na última terça-feira (11), o vereador de primeiro mandato Dean Guimarães (PSD) afirmou que está afastado da igreja Assembleia de Deus porque a instituição “não aceita minha opção (sexual)”. A declaração veio enquanto ele tentava defender o conturbado início da gestão do prefeito Toni Cunha (PL).

Embora não tenha se declarado publicamente homossexual, Dean é o primeiro homem em união estável com outro homem a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Marabá. Durante a campanha eleitoral, evitou levantar essa bandeira e sempre procurou manter discrição sobre sua orientação sexual.
Nos bastidores políticos, o Portal Curupira apurou que, no primeiro mês de mandato, durante uma reunião entre o prefeito e os poucos vereadores que compõem sua base aliada, Toni Cunha teria feito um comentário homofóbico ao se referir a Dean. O vereador não se calou e rebateu na hora, gerando um clima de desconforto no encontro.

Vale destacar que o termo “opção sexual”, utilizado pelo vereador, é considerado incorreto do ponto de vista sociológico e acadêmico, pois sugere que a orientação sexual é uma escolha. O termo mais adequado é “orientação sexual”, que se refere à atração emocional, afetiva ou sexual de uma pessoa por outra, independentemente de gênero.
Até o fechamento desta matéria, nesta quinta-feira (14), a assessoria de comunicação da igreja evangélica Assembleia de Deus Missão em Marabá ainda não havia se manifestado sobre a declaração do vereador. O espaço permanece aberto.