Secretária de assistência social de Marabá quer fechar Bolsa Família no município

1 abr

A gestão da secretária de assistência social de Marabá, Mônica Thompson, segue sem apresentar um plano de trabalho concreto para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e os Conselhos de Direitos. Agora, uma nova decisão da pasta pode impactar diretamente milhares de famílias que dependem do Bolsa Família no município.

Na última sexta-feira (28), durante uma reunião no comitê, os servidores foram informados pela coordenação de que o Comitê do Bolsa Família, localizado na entrada da Marabá Pioneira, será fechado a partir da próxima semana. Os funcionários que não forem escolhidos para continuar na coordenação do Cadastro Único serão remanejados para a Secretaria de Assistência Social, onde deverão procurar o RH da SEASPAC para definição de seus novos postos de trabalho.

O futuro dos cadastradores, responsáveis pelo atendimento e inclusão de famílias no programa, permanece incerto. A coordenação não esclareceu se esses profissionais seguirão atuando no Cadastro Único, que, segundo a decisão, passará a funcionar exclusivamente nos CRAS para atendimento à população.

O fechamento do único ponto de referência do programa social que atende mais de 27 mil famílias apenas em Marabá representa um risco à continuidade do benefício. Sem o comitê, os cidadãos enfrentarão ainda mais dificuldades para resolver pendências ou garantir o acesso ao programa, já que terão que dividir a demanda com os poucos CRAS disponíveis no município, que já operam com alta sobrecarga.

Os relatos sobre essa decisão foram enviados ao Portal sob a prerrogativa do sigilo da fonte, uma vez que servidores temem represálias por exporem a desorganização e a falta de planejamento da gestão. O encerramento do Comitê do Bolsa Família reforça as preocupações sobre a condução da política pública em Marabá e pode resultar em filas ainda maiores, dificuldades no atendimento e, pior, a perda do benefício para muitas famílias que dependem do programa para sobreviver.

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