Vereador Fernando Henrique assume que carro da Câmara flagrado levando mulheres para almoçar no Vavazão é do seu gabinete e adverte assessor

31 jan

Após a repercussão do flagrante de um veículo oficial da Câmara Municipal de Marabá sendo utilizado para levar mulheres a um restaurante no balneário Vavazão, em pleno horário de expediente, o vereador Fernando Henrique (PL) se manifestou publicamente sobre o caso. O regulamento interno da Câmara proíbe expressamente o uso de veículos oficiais para fins de passeio, restringindo sua utilização exclusivamente ao trabalho parlamentar. No entanto, o carro do gabinete do vereador foi registrado no local transportando um assessor e quatro mulheres, todos trajando roupas informais, como shorts, bermudas e chinelos.

Antes da publicação da matéria, o Portal Curupira Marabá tomou o cuidado de solicitar à Câmara Municipal a confirmação da placa do veículo. Em resposta oficial, a própria Câmara confirmou que o carro flagrado pertence ao gabinete do vereador Fernando Henrique. Somente após essa confirmação, a matéria foi ao ar. Até então, o parlamentar não havia se manifestado sobre o caso.

Agora, em nota divulgada nas redes sociais, Fernando Henrique confirmou que o carro é de seu gabinete, mas negou qualquer envolvimento direto no episódio.

“Gostaria de esclarecer que estou fora da cidade no momento e que não era eu que estava na condução do veículo. Já entrei em contato com o assessor, que estava dirigindo o carro, e ele foi advertido”, declarou o parlamentar.

O flagrante ocorreu no dia 22 de janeiro, quando um veículo da Câmara, identificado como sendo de responsabilidade do gabinete do vereador, foi visto saindo do restaurante após um almoço em pleno horário de expediente.

Fernando Henrique alegou que busca atuar com transparência, mas afirmou ser “humanamente impossível” ter controle sobre tudo o que acontece no dia a dia de seu gabinete. Apesar disso, tentou minimizar sua responsabilidade ao dizer que a postagem original teria criado “um vínculo indevido com minha pessoa”.

Mas o assessor e o carro são de qual gabinete? Se o próprio vereador admite que houve uso indevido, não há vínculo indevido, e sim uma responsabilidade direta sobre um bem público sob sua gestão.


O uso de veículos da Câmara para fins particulares contraria a Resolução da Mesa nº 01/2021, que proíbe expressamente o uso de carros oficiais para transporte a passeio ou excursões alheias às atividades do Poder Legislativo. Apesar da advertência ao assessor, o caso levanta dúvidas sobre a fiscalização e a real supervisão dos parlamentares sobre os bens públicos que estão sob sua responsabilidade.

Até o momento, depois de reconhecer o uso indevido do carro e afirmar que verificaria a situação pessoalmente ao retornar de viagem, o vereador não voltou a se manifestar.

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