Enquanto Sebastião Miranda (PSD) consolidou uma gestão marcada por harmonia política e trabalho focado em resultados ao longo de seus 16 anos como prefeito de Marabá, Toni Cunha (PL-PA) enfrenta, já na primeira semana à frente da prefeitura, uma série de desafios políticos e polêmicas que colocam em dúvida sua capacidade de conduzir o município.
Primeira semana: confronto e polêmicas
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Em apenas sete dias de gestão, Toni Cunha (PL) viu sua relação com a Câmara Municipal degringolar, ao ponto de perder a eleição para a presidência da Casa, e protagonizou um episódio de fala equivocada que ganhou repercussão nacional. Durante a posse de seus secretários municipais, declarações polêmicas do prefeito sobre as vereadoras Vanda Américo e Cristina Mutran foram classificadas como “sexistas, machistas e etaristas” pela Câmara, gerando uma nota de repúdio e amplo debate na imprensa.
Além disso, o novo prefeito ainda não anunciou projetos ou medidas que sinalizem as prioridades de sua administração, alimentando a percepção de que a gestão começou mais focada em discursos e conflitos do que em ações concretas.
O estilo de Tião Miranda
Em contraste, Tião Miranda, que governou Marabá por quatro mandatos, construiu uma trajetória política baseada em discrição, trabalho e resultados. O ex-prefeito evitava atritos públicos com os vereadores e sempre buscou manter uma relação harmônica com o Legislativo, mesmo em contextos políticos desafiadores.
Tião falava pouco, mas suas ações falaram alto. Sua gestão ficou marcada por obras de infraestrutura e urbanização que transformaram Marabá e garantiram a ele reconhecimento popular e político. Diferentemente do atual prefeito, Tião sabia que uma gestão eficiente depende de diálogo e estabilidade entre os poderes, sem espaço para polêmicas desnecessárias.
O desafio da nova gestão
A comparação entre os dois gestores, ainda que prematura, expõe o desafio de Toni Cunha em construir um legado político e administrativo sólido em Marabá. Para isso, será necessário ir além dos discursos e investir em ações concretas que beneficiem a população, ao mesmo tempo em que reconstrói sua relação com a Câmara Municipal.
A primeira semana de um governo pode ser simbólica, mas é o trabalho contínuo que define a história de uma gestão. Resta saber se Toni Cunha conseguirá reverter a impressão inicial e construir um legado à altura das expectativas da população de Marabá.