A chuva que atingiu Marabá na manhã deste sábado (6) provocou pontos de alagamento em diferentes áreas da cidade e expôs novamente os efeitos do descarte irregular de resíduos nas vias públicas. A obstrução de bueiros e grotas, causada pelo acúmulo de lixo jogado pela própria população, comprometeu o escoamento da água e contribuiu para o transbordamento em trechos da zona urbana.
O Serviço de Saneamento Ambiental de Marabá (SSAM) informou que equipes vêm atuando diariamente na limpeza e na desobstrução da rede de drenagem, incluindo retirada de resíduos sólidos, raspagem de vias, coleta de entulhos e manutenção preventiva. Apesar do trabalho contínuo, o órgão destaca que as ações não são suficientes quando a população mantém o hábito de descartar lixo e entulho nas ruas, calçadas, igarapés e áreas públicas.
O descarte irregular de resíduos gera impacto direto na infraestrutura de drenagem, favorece episódios recorrentes de alagamento e acelera processos de degradação ambiental, como assoreamento de canais, contaminação de corpos d’água e proliferação de vetores. A prática também configura infração ambiental. Jogar lixo em vias públicas pode resultar em penalidades previstas na legislação municipal, que incluem multa e demais sanções administrativas.
Além dos prejuízos ambientais, o acúmulo de lixo impede o funcionamento adequado dos sistemas de drenagem, comprometendo o trabalho preventivo do SSAM. O órgão reforça que a colaboração da população é decisiva para evitar novos pontos de alagamento durante o período de chuvas, já que a manutenção intensificada não impede que o problema se repita quando resíduos continuam sendo descartados irregularmente.
A Prefeitura orienta que o lixo seja colocado para coleta nos horários corretos, que entulhos sejam destinados a pontos autorizados e que a população evite qualquer forma de descarte em bueiros, grotas e margens de igarapés. O SSAM destaca que a preservação da cidade depende da participação de todos os moradores e que o funcionamento da drenagem urbana só é garantido quando a manutenção técnica caminha junto com a responsabilidade coletiva.