Noé Lima denuncia que acusada de matar joalheiro tentou atropelá-lo quando ele tinha 12 anos

9 set

Às vésperas do júri do assassinato do joalheiro Edilson Ribeiro, que começa nesta quarta-feira (10), em Belém, o ativista de Direitos Humanos e bacharel em Direito Noé Lima fez um relato contundente sobre a principal ré do processo, Maria da Paz Silva Ferreira, conhecida como “Da Paz”. Segundo ele, a acusada tentou matá-lo em 1997, quando ele tinha apenas 12 anos de idade.

Noé afirma que, naquele ano, Da Paz acelerou uma caminhonete L200 azul contra ele, que só conseguiu escapar da morte ao se jogar nas águas do Rio Tocantins. “Da Paz só tem o nome. Essa senhora tentou tirar a vida de uma criança inocente”, declarou.

O ativista também relembrou outro episódio envolvendo a acusada no Balneário da Mangueira, onde, após perder uma eleição para vereadora, ela teria cercado a área e intimidado barraqueiros para se apropriar do espaço. Segundo Noé, acompanhada do marido, Antônio Cabeludo, já falecido, e de um filho, Da Paz derrubou barracas, humilhou trabalhadores e chegou a subir em um trator para destruir estruturas. O episódio, segundo ele, foi testemunhado por dezenas de pessoas e registrado pelo jornalista Milton Faria.

“Ela ceifou sonhos de crianças, destruiu a história de mulheres trabalhadoras e aterrorizou uma comunidade inteira entre 1997 e 2000. Foram anos de humilhação, violência e perseguição”, afirmou Noé, destacando que desde cedo viu na acusada uma postura marcada pela intimidação e pela violência.

Para o ativista, esses episódios reforçam a convicção de que Maria da Paz teve participação direta no assassinato do joalheiro Edilson Ribeiro, em 2021. “Não tenho dúvidas de que a Justiça deve ser feita no tribunal do júri”, concluiu. Reportagem Portal Curupira Marabá