A 1ª Corrida do Empreendedor, promovida pelo Conselho de Jovens Empresários (Conjove) da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), realizada na manhã deste domingo (13), terminou em caos e revolta entre os participantes. O percurso oficial foi indicado de forma equivocada pelo Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), fazendo com que uma parte significativa dos corredores seguisse por um trajeto maior do que o previsto pela organização, o que comprometeu o resultado da prova.
Com cerca de 600 inscritos, a corrida tinha como objetivo valorizar o empreendedorismo local, mas a execução desastrosa da organização transformou o evento em um episódio de tumulto. A confusão foi tamanha que a Polícia Militar precisou intervir para conter os ânimos exaltados na chegada, em frente ao Museu Municipal Francisco Coelho. Protestos, gritos e até tentativas de depredação da estrutura da premiação foram registrados, evidenciando o completo descontrole da organização.
O erro crucial aconteceu no cruzamento da Travessa João Passondas de Carvalho com a Travessa da Escola, no Bairro Santa Rosa, quando um batedor do DMTU indicou a rota errada para parte dos competidores. Enquanto quem conhecia o percurso seguiu pela via correta, aqueles que confiaram no batedor tiveram seu tempo prejudicado, com finalização em atraso registrada pelos chips. A situação gerou revolta, especialmente após uma corredora que desmaiou durante o trajeto ser carregada por outro atleta até a linha de chegada e, mesmo assim, ser premiada em segundo lugar — fato que provocou protestos de outras participantes quanto à credibilidade do resultado.
Mais de 24 horas após o evento, o silêncio da organização é total. A presidente da Acim, Nilva Olivi, chegou a anunciar que emitiria nota de esclarecimento ainda no domingo (13), mas não cumpriu a promessa. O Conjove, por sua vez, desativou os comentários em suas redes sociais, tentando evitar o clamor dos participantes e do público. Nas redes, a reação é unânime: a corrida foi a pior já realizada em Marabá, resultado do descaso e da falta de preparo dos responsáveis.
Os participantes e internautas seguem cobrando explicações e responsabilização da Acim, do Conjove e do DMTU. O regulamento da prova, que previa fiscalização rigorosa e punição para quem não seguisse o percurso oficial, foi ignorado na prática, evidenciando a fragilidade e o amadorismo na organização do evento. A corrida, que poderia ter sido uma celebração do empreendedorismo local, ficou marcada pelo vexame e pela desorganização.
