Acusado de matar companheira grávida vai a júri popular em Marabá

2 jul

O Tribunal de Justiça do Estado do Pará agendou para o dia 5 de março de 2026, às 8h30, o julgamento de Frentzen Pereira da Silva, acusado de matar a companheira Amanda Mikaelly Souza da Silva, grávida à época dos fatos. A sessão será realizada pelo Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Marabá, conforme decisão da juíza Alessandra Rocha da Silva Souza.

O crime ocorreu entre os dias 11 e 12 de agosto de 2024, na residência do casal, situada na Travessa Manaus, bairro Cidade Nova. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Frentzen teria desferido golpes de arma branca contra Amanda, mesmo ciente da gestação. A conduta resultou na morte da vítima e do feto, sendo enquadrada como feminicídio qualificado e aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante.

A denúncia foi recebida em 1º de setembro de 2024. Após ser citado, o réu apresentou defesa por escrito e participou de audiências nos dias 4 de fevereiro e 8 de abril de 2025, quando testemunhas foram ouvidas e o interrogatório do acusado foi realizado. A promotoria manifestou-se pela pronúncia com base em provas de materialidade e indícios de autoria. A defesa, por outro lado, requereu a impronúncia, alegando ausência de provas suficientes.

Em 6 de maio de 2025, o Judiciário decidiu pela submissão do réu ao Tribunal do Júri, com base nos artigos 121, §2º, inciso VI; §2º-A, inciso I; §7º, inciso I e artigo 125 do Código Penal. A juíza também manteve a prisão preventiva do acusado, citando indícios de autoria, provas materiais, risco à ordem pública e possibilidade de intimidação de testemunhas. A reavaliação da medida cautelar seguirá conforme os prazos legais.

A família de Amanda é representada pelo advogado Diego dos Reis Souza, que atua na assistência à acusação. O caso teve grande repercussão em Marabá e no estado do Pará. Amanda, de 20 anos, era mãe de uma criança e estava grávida de outro filho no momento do crime. Após o ocorrido, Frentzen fugiu para o estado do Tocantins, sendo localizado e preso em operação conjunta das Polícias Civis do Pará e do Tocantins.

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