Vereadora Priscila Veloso é denunciada por receber salário sem trabalhar na Secretaria de Assistência Social

13 maio

A vereadora Priscila Veloso (PSD), que assumiu segundo mandato não consecutivo na Câmara Municipal de Marabá em janeiro deste ano, foi denunciada à Presidência do Poder Legislativo pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). O documento aponta possível irregularidade na permanência da parlamentar na folha de pagamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (Seaspac), mesmo sem comprovação de lotação ou exercício funcional no setor.

Concursada como professora e ex-secretária adjunta da Seaspac na gestão de Tião Miranda, Priscila teria continuado a receber salários como servidora da assistência social, apesar de exercer exclusivamente o cargo de vereadora. A situação, segundo a denúncia, se agrava diante do decreto publicado em janeiro pelo atual prefeito Toni Cunha (PL), que determinou o retorno de todos os servidores cedidos às secretarias de origem — o que, no caso de Priscila, implicaria retorno à Secretaria de Educação.

O CMDCA protocolou a denúncia diretamente na presidência da Câmara Municipal, com uma série de pedidos. Entre eles, estão a abertura de procedimento para apuração da suposta incompatibilidade na acumulação de cargos, notificação da vereadora e demais envolvidos para apresentação de defesa, e análise detalhada da folha de pagamento da Seaspac. Também foi solicitada a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a conduta da secretária municipal de Assistência Social, do secretário de Administração, da secretária de Finanças e do próprio prefeito de Marabá.

A entidade requer ainda que, ao final do procedimento, caso sejam confirmadas irregularidades, sejam aplicadas as sanções previstas no Regimento Interno da Câmara, além de outras providências legais cabíveis por parte de órgãos externos.

Procurada pela reportagem do Portal Curupira, a vereadora Priscila Veloso afirmou que não há irregularidade em sua conduta. Segundo ela, o cargo de vereadora “permite acumulação” com cargo público, e por isso optou por manter o vínculo como servidora. “Dei entrada nas minhas férias de 2024, e todos os documentos estão tramitando na Secretaria de Educação. Conforme o decreto, os servidores retornam à secretaria de origem, o que está sendo seguido por mim”, declarou à reportagem, enviando em seguida os documentos abaixo:

A reportagem não conseguiu contato com a secretária municipal de Assistência Social, o secretário de Administração, a secretária de Finanças e o prefeito de Marabá. A Câmara de Marabá também não respondeu sobre o recebimento e os desdobramentos da denúncia. O espaço deste diário de notícias seguirá aberto para manifestação dos citados. Reportagem Curupira Marabá

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